O enredo era improvável. A inconfessável índole, exposta e incamuflável, havia de se tornar palatável. Chamaram-na de inabalável. O indubitável logro, ainda que inexplicável, iludiu o influenciável povo. O imponderável se materializava.
Inexorável, o tempo encarregou-se de mostrar a verdade implacável: o mito era indefensável. Insuportável, fez do deboche a sua marca. Irresponsável, tratou com desdém a vida. Intragável, vangloriou-se até de ser incomível.
Era inevitável. O âmago instável, imprestável, muitas vezes inflamável, jamais convencera no papel de imprescindível, inigualável, incorruptível. Hoje, parcela adquirível do inconfiável congresso lhe dá sobrevida. Parte do povo, imutável, ainda o chama de imbatível. Membros de uma seita inquestionável. A maioria, entretanto, considera-o abominável.
Temporariamente inimputável, ele sorri ao se declarar imbrochável e imorrível. O deplorável teatro perdura. A claque – irremediável – aplaude. Prova de que a inacreditável cegueira persiste. Que nosso momento, inimaginável, possa um dia se tornar incrível.