Mais do mesmo…

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Pela enésima vez – e para a surpresa de ninguém – o presidente do Brasil voltou a desestimular a vacinação contra a Covid. A mesma vacinação que tem reduzido enormemente os números de casos, mortes e internações. A mesma vacinação que tem proporcionado aos brasileiros a retomada de uma vida próxima do normal.

Há muito desisti de tentar entender qual é a lógica (?) desse raciocínio (??) cruel e doentio. Seria mais um caso simples de pura burrice, ou uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia? Seja o que for, o fato indiscutível é que tal comportamento é criminoso.

“Criminoso?” – diria um indignado militante adorador de político. “Opinião agora é crime?”

E eu responderia: “não, caro lambe-botas portador de severas alterações cognitivas, opinião não é crime. O energúmeno que governa (??!) o país pode pensar o que quiser da vacina, da cloroquina ou da alfafa que consome no café da manhã. Mas, na condição de presidente, ele não pode fazer acusações ou ilações sem provas. Ele não pode mentir, principalmente quando suas mentiras estimulam ações contrárias às políticas públicas e sanitárias de seu próprio governo.”

Ainda não convencido, o fã de ditaduras “do bem” retrucaria: “você não vê que estão acabando com nossa liberdade? Agora querem implantar um passaporte que divide seres humanos em classes. A humanidade já viu isso acontecer antes. Proteger os vacinados não deveria ser obrigação dos não-vacinados. Deveria ser da vacina.”

“O problema, Zé-gotinha-que-fugiu-da-escola, é que toda campanha de vacinação torna-se eficaz apenas quando alcança um percentual bastante significativo da população. Numa pandemia, essa premissa é ainda mais importante. Sendo assim, na prática, quem se recusa a vacinar está sim prejudicando todos os que querem ser imunizados. Quando tal comportamento parte do líder (??!!) máximo da nação, o estrago é incalculável.”

“Bolsonaro e o ministro da saúde já disseram: é melhor perder a vida que a liberdade. Concordo com eles” – insistiria o atordoado fantoche de ventríloquo.

“Essa patética e imprópria releitura do grito do Ipiranga vale também para todas as limitações que a vida em sociedade lhe impõe? Seu direito de não usar o castrador cinto de segurança, de não pagar os injustos impostos e taxas cobrados pelo poder público, de desrespeitar os opressivos sinais vermelhos também não é cerceado diariamente? Ou será que o seu conceito de liberdade varia de acordo com as suas conveniências e ideologias?”

No fim, como sempre acontece, o zumbi de D. Pedro iria embora certo de que seu mito, como sempre, está coberto de razão. E eu continuaria tentando entender onde foi que Darwin errou…

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