Segredos e encontros…

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O homem é um ser curioso por natureza. Não fosse assim, jamais saberíamos que é a gravidade que nos prende à superfície da Terra, é a respiração das árvores que nos permite respirar, é o espaço sideral o local que irá substituir Londres no ranking dos mais caros destinos turísticos.

Mas nem todos são tão curiosos assim. Eu, por exemplo, jamais pensaria em colher algumas frutas, para depois secá-las, torrá-las, moê-las, e dissolvê-las em água (quente, ainda por cima). Assim, meu desinteresse inato teria jogado a humanidade em uma rotina de trabalho sem pausas para o cafezinho. Um caos inimaginável.

Meus lampejos de curiosidade – pobres coitados – sequer conseguem compreender como há tanta gente que dorme de meia, não gosta de jabuticaba, e não pensa em se vacinar em plena pandemia. Diante desses insucessos, é meu dever delegar qualquer tarefa relacionada à sobrevivência da raça humana a pessoas com noções de psicologia, ciência e alquimia bem mais apuradas.

Confesso, entretanto, que os últimos fins de semana têm me deixado atento a uma das mais revigorantes experiências comportamentais: os encontros. É verdade que o isolamento a que fomos submetidos pode ter contribuído para meus impulsos antropológicos, até agora pouco frequentes. Afinal, a demanda acumulada é inquestionável. Mas entendo ter sido o recente aumento na oferta – tanto em variedade quanto em intensidade – o grande culpado por esse novo, digamos, “eu” mais vigilante. Fato é que os segredos escondidos nos encontros e reencontros têm me intrigado.

Tomemos o último fim de semana como exemplo. Muitos encontros ansiados depois, e minha energia parece ter sido renovada. Como foi que isso aconteceu? Talvez tenha sido o cheiro gostoso que recebi da Gloria, o chamego da Evlyn – dona do colo mais doce do mundo -, a aura ensolarada da Graci, o sorriso da Josély, a alegria da Fernanda e da Mônica (maiores especialistas em encontros felizes da turma). Quem sabe não foram os planos holandeses traçados com uma pirralha chamada Marília, ou os longos e deliciosos papos com a Teresa, a Paula, a Adriana. A atenção do Oren, o beijo do meu irmão Paulo, o carinho maternal da Claudia Batocchio, o aconchego dos olhos da Fabíola, a serenidade da Nereida, a sensatez do Cesar. Talvez a alegria da Alana, a suavidade da Claudia Azeredo, a voz inesquecível da Cássia, a elegância da Dulce, as dedicatórias da Ana Cotovio, da Maria Moraes, da Luivana e da Maria Anita. O sabor de um Irish Coffee adoçado pela companhia da Marianna, da Regina, do Eduardo Carvalho, do Luis Carlos, da Karine. Os olhares de cumplicidade da minha luz Daniela, e de felicidade do mestre Eduardo Affonso.

Querem saber? Acho que foram os abraços. Sim, os abraços que troquei com cada um deles são os responsáveis pela minha alma leve desta segunda-feira. Abraços carregados de carinho, amizade, admiração, gratidão. Abraços postergados pela pandemia, pela distância, pela vida. Abraços que se somaram aos muitos já trocados com a Daniella, a Calu, a Cecília, a Patrícia, a Tatiana, a Laïs, o André, o Ronaldo. Que se somarão aos inúmeros que ainda hei de trocar com a Roberta, a Renata, a Zoraya, a Vanessa, o Toni, a Marta, a Daiana, a Ane, o Guido, a Deborah, o Max, a Zeni e tantos outros que me inspiram e me motivam.

Mistério desvendado, agora vou me dedicar a descobrir a razão de não ter emagrecido um grama sequer, mesmo depois de ter dado 28.395 passos em apenas 3 dias…

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