Hoje não é um dia qualquer. Já fazia muito tempo que o dia 14 de maio não reunia tantos significados. Há exatos dezesseis anos, uma linda vida, no papel de filho, apresentava a outra linda vida o papel de mãe. Duas almas iluminadas se reencontravam com missões diferentes, mas ambas dispostas a ensinar e aprender mutuamente. E assim têm feito desde então. Por causa do amor da mãe, o filho vem crescendo com uma impressionante noção de ética, de justiça, de caráter. Sua índole é de uma grandeza tal, que é difícil acreditar que ele tenha vindo a este mundo há tão pouco tempo. Por outro lado, seu crescimento tem feito a vida de sua mãe mais completa, mais plena e mais feliz. Cumprindo o que prometeram silentemente quando se reencontraram, ambos aprendem, um com o outro, a cada instante.
Há exatos dezesseis anos, essa mesma linda vida, no papel de neto, apresentava a outra linda vida o papel de avó. Cumprida a grande missão de sua vida como mãe, a agora avó passou a considerar a nova vida como o raio de sol de sua velhice, que nem parecia ter chegado. E aquelas duas almas iluminadas que se reencontravam, aprenderam e ensinaram, uma à outra, enquanto juntas permaneceram. Um aprendizado que cobriu os treze primeiros anos do neto com um carinho, um amor e uma dedicação que só ela era capaz de dar. Exemplos e ensinamentos constantes dos quais ele jamais se esquecerá. O amor do neto, por outro lado, fez dos últimos treze anos de vida da avó, os mais completos, plenos e felizes de sua vida.
Hoje, só me cabe agradecer por todas essas almas iluminadas que fazem parte da minha vida. Eu, que um dia, no papel de filho, também apresentei a uma delas o papel de mãe, sei bem o quanto este papel é primordial na formação de qualquer vida e no crescimento de qualquer alma. Eu, que testemunhei o descobrimento de um amor infinito, testemunho a cada dia a evolução de almas através do maior amor que pode existir, entre uma mãe e seu filho, entre uma avó e seu neto.
Hoje, três gerações de vidas e almas se encontram representadas. Três gerações que me ensinaram e ensinam a viver a cada dia. Três gerações que, na verdade, são a síntese da minha própria vida. Três almas que não se reencontraram por acaso, e sem as quais os meus caminhos não teriam o menor sentido. Hoje, portanto, meu amor, minha gratidão e minha homenagem a essas três almas que, um dia, ao se reencontrarem, deram à minha alma o privilégio de reconhecê-las e de chamá-las, neste plano, de meu filho, minha esposa e minha mãe!