Os primeiros raios de sol finalmente acordam para brincar de aquarela no horizonte. Dormiram pouco, mesmo com a noite mais longa. Travessos, perderam a noção do tempo no pique-esconde com as estrelas, enquanto a madrugada os buscava. Por onde teriam andado? O céu estava saudoso daquele manto azul de bordas douradas que sempre lhe empresta uma aura de boas novas. Todos preparam a entrada triunfal do sol dia adentro.
Eu acompanhei de perto toda a saga. Acordei para ouvir o chamado da noite à procura de luz. Vi as primeiras tintas serem derramadas sobre as nuvens, o bocejo das estrelas, o despertar preguiçoso da manhã. Agora sou eu a clamar pelo meu sol. Vim para vê-lo brilhar depois de uma madrugada bem mais longa do que previra. Pouco importa agora. Seu sorriso, seu calor, sua energia iluminaram o outro lado do mundo na minha ausência. O encontro será breve, mas o suficiente para fazer com que as estrelas da minha madrugada brilhem intensamente por mais algum tempo. Elas vêm em busca de combustível. Eu venho em busca de ar.
A estrela do meu Natal está prestes a me iluminar…