E a maioridade chegou…

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Meu querido, há exatos 18 anos você vinha ao mundo. Há exatos 18 anos você chegava e transformava inteiramente as nossas vidas. Todas as nossas prioridades foram revistas, os nossos sonhos foram alterados e todos os nossos objetivos passaram a incluir você. Agradecendo e tentando conter as nossas expectativas, naquela noite eu deixava registrado, em um cartão entregue à sua mãe assim que ela voltou para o quarto, o que eu e ela entendíamos ser o nosso papel na sua formação:
“Que nós saibamos dar sem esperar nada em troca. Que saibamos respeitar o nosso filho como o ser humano livre e único que ele é. Que possamos orientá-lo sabendo escutar, adverti-lo sabendo perdoar, questioná-lo sabendo confiar. Que sejamos amigos e confidentes sem que percamos a autoridade inerente à condição de pais. Mas que fiquemos atentos para que essa autoridade seja exercida apenas com base no amor. Que não tenhamos expectativas quanto ao caminho dele, exatamente porque o caminho é só dele e de mais ninguém. Que saibamos não cobrar dele a realização dos nossos sonhos, e sim que possamos apoiá-lo na conquista pessoal dos objetivos que ele determinar. Que tenhamos paciência sem perder a firmeza. Que saibamos dizer sim e não com a mesma naturalidade e o mesmo carinho. Que possamos olhar nos olhos dele e sempre conseguir enxergar sua alma. Que sejamos guias, pais, amigos e companheiros e que, como tais, consigamos ajudá-lo a SER. E peço também ao Criador, Dani, em meio a tantas bênçãos, que o nosso filho possa nos perdoar pelos incontáveis erros que iremos cometer ao longo de nossas vidas, mas que, apesar desses erros, ele seja acima de tudo muito feliz”!

Estou ciente de que nem sempre conseguimos alcançar as nossas próprias metas, meu filho. Afinal, assim como previ, erramos bem mais do que gostaríamos. Mas hoje, meu amor, dezoito anos depois, percebo que qualquer expectativa que pudéssemos ter a seu respeito estaria incorreta. Porque nem nos meus sonhos mais otimistas de pai, poderia imaginar ter um ser humano tão espetacular quanto você como filho. Sua elegância, Arthur, sua ética inabalável, sua sede de justiça, sua extraordinária capacidade de discernimento, sua facilidade para expor suas ideias, seu bom senso, sua generosidade, sua coragem para escolher os caminhos certos, sempre mais difíceis, sua doçura, sua inesgotável capacidade de amar. Jamais seríamos capazes de idealizar alguém tão íntegro e tão verdadeiro.

Por isso, hoje só tenho a agradecer. Agradecer a Deus, à Vida, à sua mãe que sempre soube enxergá-lo muito além das aparências, às suas avós que lhe cobriram de amor enquanto estiveram por perto, ao seu avô Doce que sempre percebeu sua alma antiga (assim como a dele), e que tanto contribuiu para a formação do seu caráter, ao seu avô Lauro que tem em você o grande amigo da sua vida, ao seu irmão, tão desejado por você, e que o enxerga como o grande modelo a ser seguido, aos seus padrinhos e seus tios e tias de sangue e de alma que sempre o orientaram nas suas escolhas, aos amigos que você conquistou. Puxa, é tanta gente boa que fez parte da sua vida até agora… Quero agradecer principalmente a você, Arthur, pela oportunidade única de ter nos escolhido como pais, pela honra de sermos seus primeiros guias por aqui, por nos ter permitido aprender tanto com você.

Você já é um homem, meu amor, e os seus desafios estão só começando. Peço a Deus que você tenha sempre serenidade e paz de espírito para superá-los. Que você tenha confiança e perseverança na busca dos seus sonhos e objetivos. E que você jamais se esqueça de que estaremos sempre do seu lado para ajudá-lo em tudo o que precisar. Seja sempre muito feliz. Amo você acima de tudo!

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