A questão acima é de uma das provas do sétimo ano do ensino fundamental de uma escola particular de Belo Horizonte. As perguntas baseavam-se nos desenhos dos quadrinhos, e as respostas deveriam estar inseridas em um pequeno texto. Esta foi a dissertação de um dos alunos:
“Eu acho que os quadrinhos estão defendendo o feminismo. Sinceramente, eu não sei. Por favor, não me entenda de forma errada, eu jamais trataria mal uma mulher apenas pelo fato de ela ser uma mulher. Mas eu também não acho que elas sejam iguais. Veja, este é um assunto muito arriscado, e estou me esforçando ao máximo para não dizer algo que possa parecer ofensivo porque, na verdade, eu não sei exatamente o que é ou não é ofensivo. Então eu direi apenas o que eu penso: ninguém é melhor do que ninguém, mas as pessoas são diferentes.”
Algumas observações:
1. A resposta precisa (e bem apontada pela professora), era de que os quadrinhos defendiam direitos iguais para homens e mulheres.
2. É notável como – mesmo em um garoto de 12 anos de idade – já está incutido o receio de ser mal interpretado. Reflexos de uma sociedade acostumada a deturpar o que se diz, e a condenar quaisquer opiniões que não se encaixem no politicamente correto dominante.
3. Também foram notáveis o cuidado do menino ao abordar o tema, bem como sua coragem ao dar sua opinião sincera.
4. Palmas para a professora que valorizou sua resposta com um encorajador “eu respeito sua honestidade”.
5. Os pais desse menino devem ter ficado felizes ao perceberem o bom caráter que está sendo formado. Ah, e como ficaram…