Pódio da vida…

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A etapa da Copa do Mundo de Ginástica Artística, realizada ontem no Catar, foi palco de mais uma disputa entre Rússia e Ucrânia. Nas barras paralelas, o lugar mais alto do pódio coube ao ucraniano. O russo teve que se contentar com o bronze.

Naquela competição, de nada adiantaram os tanques e as tropas que destroem uma nação soberana. De nada valeram as bombas que – no mesmo instante em que a disputa acontecia – matavam uma mãe e duas crianças que buscavam fugir de sua própria cidade, injustificadamente atacada. De nada serviram as atrocidades de um psicopata decidido a se impor a qualquer custo. Não pela sua própria força, fraco que é. Não pela sua própria liderança, inapta em lidar com o contraditório. Não pela sua própria coragem, farsa forjada por um arsenal bélico que teima em esconder uma face medíocre e covarde.

Naquelas barras paralelas, o embate aconteceu entre dois seres humanos, armados apenas de seus corpos e habilidades. Venceu o melhor. No pódio, o ucraniano ergueu sua medalha, e foi merecidamente ovacionado. Derrotado, o russo ostentou – com orgulho – o símbolo da guerra em seu peito. A letra “Z”, referência à expressão “za pobedu” (para a vitória), tem sido pintada em diversos veículos blindados que invadem e destroem o país do medalhista de ouro. Para o jovem ginasta russo, o “Z” que mina esperanças, que mata inocentes, que coloca em risco a paz mundial vale mais do que o bronze conquistado sem o auxílio dos mísseis lançados pelo exército de seu país.

Tolo ginasta russo, incapaz de compreender que sua verdadeira derrota não acontecera na disputa das barras paralelas. Ele foi vencido ali – no pódio -, ao revelar ao mundo sua subserviência, sua fraqueza de caráter, sua insignificância.

Tolo Vladimir Putin, incapaz de perceber que, mesmo que seus tanques e suas tropas conquistem a Ucrânia, esta é uma guerra que a Rússia já perdeu.

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