Cena 1: o ocaso
Depois de mais de uma semana de chuvas, o sol decidiu que já era hora de reaprender a marcar a silhueta das montanhas. As mesmas montanhas que ajudam a transformar uma cidade bela em maravilhosa. O horizonte abriu o espetáculo. O olhar da criança agradeceu.
Cena 2: os encontros e reencontros
Talvez tenham sido as cores do crepúsculo, que a lagoa tomou emprestadas. Quem sabe a brisa leve que amainou uma temperarura já agradável. Ou teriam sido mesmo as pessoas? Só sei que o clima de harmonia, de amizade e admiração sinceras, de confraternização e de entendimento contagiou a todos que lá estavam. Contagiou a noite que, intrigada, mandou a lua como testemunha.
Cena 3: real e virtual se confundem
As palavras possuem a mágica de nos seduzir e nos aproximar. Concordâncias transformam-se em admiração. Admiração gera engajamento. Engajamento pede por proximidade. Mas o sublime acontece quando tudo isso culmina em abraços acompanhados de agradecimentos do tipo olho-no-olho. Sim, as telas e aplicativos podem ser agregadores, basta que saibamos usá-los.
Cena 4: os corações que tocamos
As verdadeiras amizades não se dissipam com a distância. Ao contrário, cada breve encontro apenas as fortalecem. Assim, toda oportunidade deve ser aproveitada. Cada chance de estar perto não pode ser postergada. É quando generosidade e gentileza se misturam, nos cobrem de aconchego, e nos fazem um bem danado.
Cena 5: a família
O que dizer de um tio que, prestes a completar 90 anos de idade, veio me benzer com lágrimas de orgulho e alegria? De um primo distante que sempre foi tão próximo quanto um irmão? De um irmão que escolheu a arte como ofício, e que insiste em me chamar de artista? De uma cunhada, linda por fora e por dentro, que acolhe pelo sorriso? Muita gente chama isso de sorte. Prefiro chamar de bênçãos.
Cena 6: a escritora
Ela é a melhor das minhas escolhas. Aquela que me permitiu todas as demais. É a musa que sempre me inspira, é o olhar ao qual recorro para saber se estou na direção correta, é a mão que me apoia e, tantas vezes, enxuga minhas lágrimas. Ela é artista com as mãos e com as palavras, mas sua maior arte está no coração. É minha companheira em tudo e nossos sonhos individuais nos são comuns. Ela está sempre ao meu lado, mesmo quando o verde – sua cor favorita – é a que me envolve. Tudo bem, ela também fica linda de azul.