Fundo perdido…

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– Até agora nada? Tô esperando.
– Não sei se vai rolar.
– Como assim? Vai deixar passar uma oportunidade dessas?
– Eu sei que a notícia é boa, mas…
– Mas o quê?
– É que não dá pra competir.
– Não tô entendendo. Competir com o quê?
– Ora, com os memes.
– Ah, esquece os memes.
– Não dá. Toda hora aparece um.
– Fala de alguma coisa que ninguém comentou ainda.
– Esse é que é o problema. Não sobrou nada.
– Não é possível.
– Olha só, já falaram que o dinheiro veio da rachadinha, do fundão, que tava na poupança, que era dinheiro sujo, que tava guardado no cofrinho…
– Puxa, que povo criativo, heim?
– Qual povo? Os caras dos memes ou os políticos?
– Os dois, eu acho. Ah, pensa em alguma coisa relacionada ao tal fim da corrupção.
– Já falaram que a corrupção pode ter acabado, mas a currupção não; que alguma coisa cheira muito mal nesse governo; que agora é a PF que tem que lavar dinheiro; que esse cara é um político reto.
– Que coisa…
– Tô falando, não sobrou nada.
– Apela pro palavrão.
– Já apelaram: isso é que é encher o cu de dinheiro; menino do cu riscado já era, o bom é o do cu endinheirado; depois dizem que tomar no cu não presta…
– É, acho que já abordaram tudo mesmo.
– Pois é.
– Vai escrever sobre o quê, então?
– Ah, sei lá. Posso falar das queimadas, da destruição das matas nativas, dos animais em extinção…
– Fala do lobo-guará.
– Coitado desse. Ficou todo desmilinguido na nota de 200 reais.
– Como se ele já soubesse que ia entrar pelo cano, né?
– Entrar pelo cano! Muito bom! Não tinha ouvido essa em lugar nenhum.
– Mas, eu só quis diz…
– E bem no centrão!
– O que está acont…
– Liga o computador aí. Chupa, turminha dos memes!

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