Impossível dizer quando tudo começou. Quando as primeiras almas se encontraram e, a partir dali, passaram a se reconhecer, passaram a se buscar, passaram a perceber que, unidas, evoluiam mais intensamente. Fato é que, mais uma vez, estamos aqui, juntos, vivendo mais uma experiência, e tentando dar, através dela, mais alguns dos passos da longa caminhada a ser percorrida. Um caminho individual que cabe a cada um, e somente a cada um de nós cumprir. Mesmo assim, sabemos que, em nossas experiências de vida, nossos caminhos sempre fazem muito mais do que apenas se cruzar. Eles se emparelham e, por isso, embora tenhamos percorrido distâncias diferentes nas nossas próprias trajetórias individuais, passamos a caminhar lado a lado.
De vez em quando, algumas almas que já percorriam estradas muito melhor pavimentadas, voltam para nos ajudar a avançar por essas nossas trilhas ainda tão rudimentares. São almas puras e generosas que não se contentam em alcançar, sozinhas, um determinado grau de evolução. Elas se satisfazem sim, ao apontar aos outros uma direção que já conhecem. Elas se completam ao perceberem que as sementes de amor que plantaram não se cansam de dar frutos. E hoje, mais um desses frutos recebe a energia e as bênçãos de muitas dessas almas nobres. Esse fruto é você, João!
Seu nome, meu amorzinho, tem tudo a ver com a essência de um desses guias. Não apenas o segundo, que o homenageia diretamente, mas, principalmente, o primeiro. João significa “agraciado por Deus” e a graça de Deus é a síntese de tudo o que o grande guia espalhou neste plano durante todo o tempo em que, por aqui, ele esteve. Ele fez com que os nossos caminhos ficassem mais suaves e menos íngremes, reduziu a intensidade de suas curvas, cobriu fendas e removeu pedras do pavimento, iluminou o horizonte para que pudéssemos enxergar nossa rota, mesmo na escuridão da nossa ignorância. Não por acaso, Fernando significa “o que ousa viajar”. Quem conviveu com aquela alma nobre, entretanto, passou a considerar Fernando também um sinônimo de luz, de doçura, de amor.
Como seu padrinho, João, peço apenas aos grandes guias que me iluminem e me orientem em uma das mais importantes tarefas da minha vida. Que eu possa ser, ao longo de boa parte da sua caminhada, pelo menos um pouco do que o nosso xará em comum foi na minha vida e na vida dos seus avós, da sua mãe e de tantas outras pessoas muito próximas a você. Que eu possa ser seu confidente, mesmo quando você nada me disser. Seu conselheiro, mesmo quando você não quiser partilhar suas dúvidas. Sua referência, mesmo quando você optar por um caminho alternativo ao meu. Que eu possa ser, sempre e acima de tudo, seu amigo!
Seja bem vindo ao nosso convívio, à nossa família, à nossa pequena confraria de amor, João Fernando. Como você pode ver, muitas almas estão aqui hoje para abençoá-lo. Como só você pode ver, inúmeras outras também aqui estão. E, a esta altura, você já percebeu que nenhuma delas precisa de apresentação, não é, João? É porque já faz muito tempo que a gente se conhece!