Ser atleticano é ser diferente de qualquer outro torcedor do país. Para o atleticano, não há limites para a sua paixão pelo Galo. Para o atleticano, não existem o impossível e o improvável, e mesmo que existam, esses são ignorados. Para o atleticano, torcer é fazer o seu próprio sangue ferver, é ignorar o que dita a razão, é ser guiado pela força da sua própria e única crença.
Ser atleticano é comemorar uma vitória por dias a fio, é encarar cada partida como a motivação maior da sua própria existência, é experimentar o êxtase a cada gol marcado, a cada defesa, a cada drible e a cada desarme feitos.
O atleticano não apenas gosta do seu time, ele o possui. Em suas veias não corre apenas sangue, mas também energia pura para vibrar a cada jogo. O Galo é a sua religião máxima, é o seu elo de ligação com a felicidade, é sua razão principal para viver. Para o atleticano, torcer é mais do que uma ação, é uma filosofia de vida. Assistir a um jogo do Galo é mais do que uma distração, é um culto à espera do próximo milagre, que, cedo ou tarde, sempre acontece.
Ele não concebe torcer apenas por amor pois, para o atleticano, amar é pouco. Quando o atleticano torce, todos os limites são ultrapassados. Tudo é permitido. Quando ele vibra, todos ao seu redor são levados com ele, como um redemoinho que suga tudo para dentro do seu turbilhão. Quando o atleticano grita, deixam de existir os conceitos de certo e errado. Os ponderados se tornam loucos e os céticos se tornam crentes. Não existem mais adversários, apenas inimigos a serem abatidos. E, para o atleticano, não existe o melhor hoje, pois o Galo é o melhor sempre.
Tudo isso faz do atleticano um torcedor ímpar.
E sendo assim, o atleticano é, pra mim, tudo aquilo que eu jamais gostaria de ser!